domingo, dezembro 12, 2004
Meninos prodígio
Está a decorrer, no México, um curioso match de xadrez entre dois dos 'meninos' prodígio da actualidade: Sergey Kariakin, o xadrezista mais novo da história a conseguir o título de GM e o norte-americano de origem japonesa Hikaru Nakamura que, aos 16 anos, acaba de se consagrar campeão absoluto dos EUA.
O match está a ser sumamente interessante. Nas três partidas decorridas não houve ainda lugar a qualquer empate e, para já, é favorável a Nakamura por 2-1.
O que mais me intriga é a proliferação de meninos prodígio na actualidade. Para além dos dois já citados poderíamos acrescentar ainda Magnus Carlsen e Axel Bachmann...
Nesta época em que o xadrez mundial está quase reduzido a torneios de exibição, em que faltam eventos apelativos e que atraiam as atenções dos média (Campeonatos do Mundo, dignos do nome), o que é que fará que nesta época, de amargura para a modalidade, proliferem os meninos prodígio em quantidade e qualidade nunca vistas?
Terá a ver com os computadores?
Este é o único recurso que na actualidade qualquer um dispõe e que noutras épocas estava obviamente indisponível...
domingo, dezembro 05, 2004
Herói
Fiquei completamente siderado com este filme de Zhang Yimou que está imbuído de uma beleza quase indescritível. Um mundo de sonho, em que tudo - a coreografia, a fotografia e os movimentos de câmara - nos transporta num enleio mítico de tal forma belo e imponente (uma espécie de "Senhor dos Aneis" oriental) que nos deixa completamente prostrados, principalmente quando somos apanhados desprevenidos.
Conhecia, desde há muito, "Milho Vermelho", do mesmo realizador, mas nada me preparava para este espectáculo deslumbrante. Isto de ver os filmes com um ano ou mais de atraso, em relação às estreias nas salas de cinema, tem por vezes destes inconvenientes, ou, neste caso, grata surpresa.
Li, agora, algumas críticas sobre o filme. Muitos partilham do mesmo absoluto fascínio que senti, outros não perdoam as fantasias (dos combates, por ex.), como se isso importasse... :)
sexta-feira, novembro 26, 2004
Tigran Petrosian (1929 - 1984)
A FIDE decretou oficialmente o ano de 2004 como o ano de Tigran Petrosian.
Fiquei sensibilizado com este gesto. Porque, durante muito tempo, a imagem deste campeão (por muitos considerado um dos mais fracos de sempre) era muito pouco abonatória e, quanto a mim, extremamente injusta.
Dentro dos meus modestos recursos, não deixo de intimamente prestar homenagem a esta grande figura sempre que tento descobrir os planos do meu adversário e neutralizá-los antes que produzam estragos. Petrosian fazia isto com tanta naturalidade que tornava a maioria das partidas que disputava extremamente "aborrecidas". Frustrava as ambições atacantes dos adversários, como que antecipando tudo o que poderia desequilibrar o jogo. Com isto, Petrosian ganhou fama de invencibilidade e, na realidade, foi o único campeão que conseguiu passar a fase dos Interzonais e dos candidatos sem perder uma única partida. Feito nunca mais conseguido, nem pelos génios Fischer e Kasparov.
Petrosian ganhava poucas partidas, mas perdia ainda muito menos.
Arrancou o título de rei da "profilaxia" ao outro `monumento' desta escola e célebre teórico, Aaron Nimzovitch. Conquistou o título mundial de xadrez a um dos mais emblemáticos xadrezistas de sempre - Mikhail Botvinnik - e, surpreendentemente, manteve-o no primeiro confronto que teve com Boris Spassky. Este último, só conseguiria o título em 1969 pela margem estreita de 12,5 / 10,5.
Actualmente, já se faz justiça a este grande jogador e não há escola que se preze que não estude as suas partidas.
É um autêntico anti-herói. Como tal, pouco acarinhado, porque nada de espaventoso produziu. É, no entanto, desta massa que saem os grandes ensinamentos, que imperceptivelmente influenciam a nossa conduta.
sexta-feira, novembro 05, 2004
Calcular e analisar
Ainda no livro “Xeque-Mate no Estoril – A morte de Alekhine”, Dagoberto Markl transcreve um artigo (de má memória, porque anti-semita) do próprio Alekhine, em que este faz referência à célebre passagem, sobre o xadrez, de Edgar Allan Poe, no conto “Os Crimes da Rua Morgue”:
“Calcular não é o mesmo que analisar. Um xadrezista, por exemplo, faz o primeiro sem se esforçar pelo segundo. Donde acontece que o jogo do xadrez, no que respeita aos seus efeitos sobre o carácter mental, é grandemente mal compreendido. Não estou a escrever um tratado, mas aproveito a oportunidade para asseverar que os mais elevados poderes do intelecto reflectivo são mais decidida e utilmente desenvolvidos pelo despretensioso jogo das damas do que por toda a elaborada frivolidade do xadrez. Neste último, em que as peças têm movimentos diferentes e bizarros, com vários e variáveis valores, confunde-se o complicado (um erro não invulgar) com o profundo. A atenção desempenha aqui um papel importante. Se, por um instante, enfraquece, cometeu-se um descuido, resultando daí um dano ou uma derrota... em nove de cada dez casos é o jogador com maior poder de concentração, e não o mais perspicaz, que ganha.”
Isto parece dar razão aqueles que defendem que a dedicação ao xadrez não serve para mais nada que não seja para jogar melhor xadrez...
Quando eu, jogador de 4ª ou 5ª categoria, perco a grande maioria dos jogos por erros de atenção, inclino-me a dar razão ao Edgar Allan Poe :-)
“Calcular não é o mesmo que analisar. Um xadrezista, por exemplo, faz o primeiro sem se esforçar pelo segundo. Donde acontece que o jogo do xadrez, no que respeita aos seus efeitos sobre o carácter mental, é grandemente mal compreendido. Não estou a escrever um tratado, mas aproveito a oportunidade para asseverar que os mais elevados poderes do intelecto reflectivo são mais decidida e utilmente desenvolvidos pelo despretensioso jogo das damas do que por toda a elaborada frivolidade do xadrez. Neste último, em que as peças têm movimentos diferentes e bizarros, com vários e variáveis valores, confunde-se o complicado (um erro não invulgar) com o profundo. A atenção desempenha aqui um papel importante. Se, por um instante, enfraquece, cometeu-se um descuido, resultando daí um dano ou uma derrota... em nove de cada dez casos é o jogador com maior poder de concentração, e não o mais perspicaz, que ganha.”
Isto parece dar razão aqueles que defendem que a dedicação ao xadrez não serve para mais nada que não seja para jogar melhor xadrez...
Quando eu, jogador de 4ª ou 5ª categoria, perco a grande maioria dos jogos por erros de atenção, inclino-me a dar razão ao Edgar Allan Poe :-)
domingo, outubro 31, 2004
A Última Hora
Spike Lee é sempre interessante e surpreendente nos registos a que nos habituou. Contudo, associávamos o seu trabalho em prole de uma causa – a discriminação racial da comunidade negra norte-americana.
Neste filme, a tónica é colocada numa parcela da vida nova iorquina, já pós 11 de Setembro. O protagonismo vai para a ‘Big apple’ e para algumas figuras do seu quotidiano. Um espantoso retrato e um excelente filme, com interpretações de grande nível!
Neste filme, a tónica é colocada numa parcela da vida nova iorquina, já pós 11 de Setembro. O protagonismo vai para a ‘Big apple’ e para algumas figuras do seu quotidiano. Um espantoso retrato e um excelente filme, com interpretações de grande nível!
sexta-feira, outubro 15, 2004
O interesse dos árabes pelo Xadrez
Estranha-se o recente interesse desmesurado dos árabes pelo Xadrez, nomeadamente pelo xeque Mohammed al-Maktoum do Dubai (Emirados Árabes Unidos), que se propõe patrocinar o match Garri Kasparov / Rustam Kasymdzhanov e construir uma cidade do Xadrez. Tanto mais se estranha este inusitado interesse, porque ainda há bem pouco tempo o xadrez era proibido em alguns países muçulmanos, como por exemplo o Irão.
Todavia, não nos devemos esquecer que quem introduziu o xadrez na Europa (através da Península Ibérica) foram justamente os muçulmanos.
Sobram ainda algumas célebres iluminuras que ilustram árabes a jogar com cristãos no tempo de Afonso X (o Sábio).
O xadrez foi muito popular no mundo islâmico, até cair de certo modo em desgraça devido ao uso de figuras e representações, proibidas pela religião islâmica.
Curiosamente, por volta do século X, o Xadrez também era mal visto pela Igreja Católica, provavelmente pelo uso de dados, que eram utilizados para determinar a vez ou a peça a jogar, o que colocava o Xadrez na categoria de jogos de azar e assim incorria-se na prática pecadora de jogar.
Este post também foi colocado no mais recente grupo de discussão de Xadrez em português: Xadrez_port
quinta-feira, outubro 07, 2004
Xadrez Nacional
A situação do xadrez nacional já há muito se adivinhava catastrófica. A desorganização e o desnorte eram evidentes. Não foi com inteira surpresa que a situação chegou ao descalabro a que agora assistimos, com dívidas acumuladas, dezenas de cheques com paradeiro desconhecido, situação de tal forma caótica que se tornou insustentável a manutenção da equipa directiva.
Assim, a surpresa não reside neste triste resultado, mas como foi possível deixar andar até este ponto de quase não retorno.
Só desejo que isto não exemplifique um microcosmos para a situação política que se vive no país!
domingo, setembro 26, 2004
Bizarria
Neste fim-de-semana fui passear até ao Gerês. Ao passar por S. Bento da Porta Aberta, tornou-se-me impossível não reparar no enorme templo aí recentemente construído.
Em termos arquitectónicos, achei este de uma bizarria de tal forma indescritível que gostaria de conhecer o autor do projecto.
Um templo de planta central, à semelhança dos bizantinos ou ortodoxos, com laivos de pagode chinês...
É verdadeiramente espantoso tal mixórdia de estilos para um cliente conservador como é a Igreja Católica!?
segunda-feira, setembro 13, 2004
O Homem na Lua
Adoro teorias de conspiração!
Muito se tem falado sobre a possibilidade da ida do Homem à Lua não ter passado de uma enorme fraude. Inúmeros 'sites' dedicam-se à análise das imagens existentes do feito para as desmontarem e provarem a sua falsidade.
Chegou-me, por e-mail, uma na nossa língua (versão brasileira).
Leiam com atenção!
domingo, setembro 12, 2004
Elephant
Inspirado no massacre de Columbine, este inquietante filme de Gus Van Sant mostra-nos, de uma forma 'voyeurista', a vacuidade das vidas dos adolescentes e as consequências trágicas que por vezes origina.
Este tipo de acontecimentos, em que um jovem ou pequeno grupo de jovens resolve divertir-se matando a eito quem lhe apareça pela frente, só é possível na completa anarquia em que se transformou a hierarquização de valores das novas gerações.
Se juntarmos a tudo isto a facilidade de adquirir armas (nos EUA) e de levar a cabo as intenções mais sinistras, temos a combinação explosiva para que aconteçam este tipo de fenómenos.
A tentativa de colar a tragédia à humilhação e à desintegração que os autores do massacre tinham dentro da escola, parece-me demasiado simplista. Excluídos sempre houve no terrível meio escolar que compreende estas faixas etárias, mas não é por acaso que este tipo de reacção se registou apenas nos últimos anos.
sexta-feira, setembro 10, 2004
Manter um diário faz mal à saúde
Segundo a "New Scientist", manter um diário faz mal à saúde. Dores de cabeça, problemas digestivos e até desajustamentos sociais são mais frequentes naqueles que mantém com regularidade um diário.
Assim, caros 'bloguistas', nada de grandes entusiasmos com o vosso blog :)
quinta-feira, setembro 09, 2004
Crash no deserto
Todos aqueles que se interessam pela exploração espacial seguiram com interesse e emoção a recolha 'holliwoodesca' da cápsula que trazia uns microgramas de vento solar.
Tudo correu mal à última hora e esta, em vez de ser recolhida com todo o aparato digno das maiores produções da meca do cinema, espatifou-se no deserto.
Esperemos que ainda se aproveite alguma coisa...
É bem triste perder nos últimos minutos todo o resultado de uma missão que já durava há três anos.
quinta-feira, agosto 05, 2004
Spider-Man (2)
Foi algo relutantemente que me deixei convencer pelo meu filho de oito anos a acompanhá-lo ao cinema para ver o mais recente filme do “Spider-Man”.
A experiência do primeiro foi desagradável. Tudo me pareceu mau, desde o actor principal (aparvalhado até mais não) até à infantibilidade do argumento. Enfim, respirei de alívio quando o filme acabou, fazendo juras que não repetiria a experiência.
Lembrando-me do sucedido, não queria de modo algum aceitar a sugestão de assistir a uma segunda dose do mesmo. Contudo, tentando eu desviar o petiz para um outro filme que não me enfadasse tanto, só encontrei como alternativa o “Harry Potter”. Aí a escolha estava feita, se há coisa que abomino é essa paupérrima criação, tanto em livro como em filme, que dá pelo nome de “Harry Potter”.
Assim, lá fomos ver o “Spider-Man” e, confesso, tive de engolir todos os argumentos negativos que tinha estabelecido a priori sobre o filme. A história muito mais humana e intimista, um toque de esquizofrenia e a espectacularidade dos efeitos especiais, tornaram aquelas duas horas um momento bem passado e quase que esqueci que algum dia tinha detestado o Tobey Maguire.
Enfim, a todos os pais que se encontram a resistir à tentação, deixem-se levar. O filme vale mesmo a pena!
sexta-feira, julho 09, 2004
Vermeer de Delft (1632-1675)
Nos Países Baixos, no séc. XVII, contrariamente ao que sucedia na Itália, França, ou mesmo na vizinha Flandres, os pintores não recebiam encomendas para as igrejas (devido ao protestantismo) e raramente trabalhavam para os palácios. Aquilo que se encomendava, com alguma frequência, eram os retratos. Daí que grande parte das obras de pintura holandesa, deste período, sejam retratos.
Vermeer não é excepção e praticamente todos os 36 quadros conhecidos do pintor sejam isso mesmo – retratos.
É assim um retrato o quadro recentemente leiloado deste autor pelo valor astronómico de 24,4 milhões de euros. Este valor é tanto mais astronómico dada a pequenez do quadro (sensivelmente do tamanho de uma simples folha A4), a incerteza em que esteve envolvido quanto à autoria e o tema “Jovem Sentada ao Virginal” já recorrente.
Vermeer, que durante muito tempo foi um pintor quase anónimo – o seu nome era comum na época e há vários pintores Vermeer neste período – foi descoberto pelo crítico francês Thoré Bürger, em 1866. A partir daí, o seu legado ganhou relevância e influenciou alguns artistas do século XX.
domingo, julho 04, 2004
Chanceler Rolin
Nicolas Rolin(1376?-1462), nasceu numa família burguesa. Através da tenacidade e da astúcia tornou-se Chanceler do Duque da Borgonha, Filipe o Bom. Foi um homem extremamente rico e influente, que se manteve no cargo durante mais de quarenta anos. É este homem poderoso que Jan van Eyck, o pintor da corte, retrata neste quadro.
A importância da personagem vê-se na altivez da figura, representada de joelhos, mas à mesma altura da Virgem. Na riqueza do vestuário e luxo do palácio.
O rosto é o de um homem implacável (acusado de vender Joana d'Arc aos ingleses) que tudo fazia para propiciar ao Duque o luxo que tanto apreciava, sobrecarregando de impostos os camponeses e esmagando as revoltas.
Para além deste espantoso retrato psicológico, típico da pintura flamenga, poderemos admirar, neste pequeno quadro, a paisagem urbana que se vê pela janela. Destaca-se a ponte, a catedral gótica, os vinhedos e o pulsar de todo um universo que dali se pode avistar, já que esta cidade não representa, em concreto, qualquer cidade conhecida.
Para se admirar com pormenor esta obra-prima, exposta no Louvre, basta clicar na imagem para a ampliar.
domingo, maio 23, 2004
Aquiles
Ainda não fui ver (nem sei se irei) o filme “Tróia”. Porém, a saída do filme lembrou-me de chamar a atenção para determinados símbolos que aparecem nas pinturas e que nos permitem identificar e compreender melhor as obras-primas da arte ocidental.
Saiu, muito recentemente, um pequeno livro, da Editorial Estampa - “Guia do Apreciador de Pintura” de Marcus Lodwick -, que faz uma análise extremamente interessante a este aspecto, por vezes negligenciado até por historiadores de arte.
Penso que toda a gente conhece, em traços largos, a história de Aquiles. Era filho da ninfa do mar Tétis e do mortal Peleu. A sua mãe tentou torná-lo imortal e invulnerável. Para conseguir a invulnerabilidade, mergulhou-o no rio Estige, no Hades, enquanto o segurava pelo calcanhar, que se veio a converter no seu único ponto fraco. Aquiles foi educado pelo centauro Quíron. Tornou-se um formidável guerreiro e as suas proezas na guerra de Troia são descritas na Ilíada de Homero. Acabaria por morrer quando Páris o atingiu com uma seta envenenada no seu calcanhar.
Aquiles costuma ser representado com os atributos de guerreiro - armas e armaduras; carro; parelha de cavalos; arco e lira.
No quadro de Jean-Baptiste Regnault “A Educação de Aquiles pelo Centauro Quíron”, exposto no Louvre, o jovem guerreiro está a ser ensinado a manejar o arco pelo sábio Quíron. O leão morto simboliza a intrepidez e a dieta alimentar de Aquiles (das vísceras do animal), a lira, no chão, mostra que a música foi também uma das artes ensinada por Quíron.
O quadro poderá ser visto com pormenor aqui!
Saiu, muito recentemente, um pequeno livro, da Editorial Estampa - “Guia do Apreciador de Pintura” de Marcus Lodwick -, que faz uma análise extremamente interessante a este aspecto, por vezes negligenciado até por historiadores de arte.
Penso que toda a gente conhece, em traços largos, a história de Aquiles. Era filho da ninfa do mar Tétis e do mortal Peleu. A sua mãe tentou torná-lo imortal e invulnerável. Para conseguir a invulnerabilidade, mergulhou-o no rio Estige, no Hades, enquanto o segurava pelo calcanhar, que se veio a converter no seu único ponto fraco. Aquiles foi educado pelo centauro Quíron. Tornou-se um formidável guerreiro e as suas proezas na guerra de Troia são descritas na Ilíada de Homero. Acabaria por morrer quando Páris o atingiu com uma seta envenenada no seu calcanhar.
Aquiles costuma ser representado com os atributos de guerreiro - armas e armaduras; carro; parelha de cavalos; arco e lira.
No quadro de Jean-Baptiste Regnault “A Educação de Aquiles pelo Centauro Quíron”, exposto no Louvre, o jovem guerreiro está a ser ensinado a manejar o arco pelo sábio Quíron. O leão morto simboliza a intrepidez e a dieta alimentar de Aquiles (das vísceras do animal), a lira, no chão, mostra que a música foi também uma das artes ensinada por Quíron.
O quadro poderá ser visto com pormenor aqui!
quinta-feira, maio 20, 2004
A Guerra
Intriga-me o que move Pacheco Pereira a defender tenazmente a guerra do seu amigo G. Bush!?
À medida que o desastre da intervenção americana no Iraque se torna por demais evidente e incomodamente indefensável, à luz de todos os princípios civilizacionais e humanitários, Pacheco Pereira defende 'olimpiamente' a mesma, de uma forma confrangedora e patética...
Porquê Pacheco Pereira?
quinta-feira, maio 13, 2004
Para onde vais xadrez!
O Xadrez é, sem margem para dúvidas, a actividade desportiva (será que é um desporto?) que sigo com maior interesse.
Infelizmente, desde há alguns anos, o Xadrez tornou-se mais uma actividade circense, de exibição, que propriamente uma actividade desportiva, com um quadro competitivo definido. Ninguém sabe hoje, por exemplo, quem é o Campeão do Mundo da modalidade, o que diz bem do descrédito e do progressivo apagamento do interesse e respeito pelo nobre jogo.
Há dias encontrei um texto na Lusoxadrez que espelha bem o desânimo que atravessam os amantes saudosos dos encontros dramáticos que envolviam o Ocidente contra o Leste (Fischer/Spassky), o homem do aparelho soviético contra o dissidente (Karpov/Kortchnoi) e ainda o homem do velho regime, já decadente, e o homem novo da Perestroika (Karpov/Kasparov)!
De: "replicant_pt"
Data: Ter Mai 11, 2004 4:09 pm
Assunto: Para onde vais Xadrez!
Quando leio sobre as trapalhadas do próximo campeonato FIDE, da reunificação e fórmula para se encontrar, de forma credível, um novo Campeão do Mundo, que se possa orgulhar do seu título, recordo com nostalgia todo o ciclo que no passado nos fazia seguir atentamente os zonais, interzonais e torneios de candidatos até se chegar ao apuramento do 'challenger' do Campeão do Mundo.
Nessa altura, o xadrez, apesar da sua conotação com o mundo soviético, quebrada esporádicamente por génios como Fischer, era uma modalidade respeitada e em que todos os participantes tinham objectivos bem definidos para a sua carreira.
Agora, está-se perante um enorme vazio. A presidir à FIDE está uma figura inenarrável que não trouxe mais ao xadrez que os obscuros patrocínios de eventos, que nem mediáticos conseguiram ser.
Os jogadores de elite, numa cegueira que a longo prazo lhes sairá cara, preocupam-se com os cifrões, desde que lhes garantam a permanência nos ainda chorudos torneios de elite. A prazo, os grandes patrocínios serão mais difíceis de conseguir, pois a falta de um ciclo regular de competição afasta o xadrez dos media, das massas e da chama que o poderia alimentar.
Infelizmente, desde há alguns anos, o Xadrez tornou-se mais uma actividade circense, de exibição, que propriamente uma actividade desportiva, com um quadro competitivo definido. Ninguém sabe hoje, por exemplo, quem é o Campeão do Mundo da modalidade, o que diz bem do descrédito e do progressivo apagamento do interesse e respeito pelo nobre jogo.
Há dias encontrei um texto na Lusoxadrez que espelha bem o desânimo que atravessam os amantes saudosos dos encontros dramáticos que envolviam o Ocidente contra o Leste (Fischer/Spassky), o homem do aparelho soviético contra o dissidente (Karpov/Kortchnoi) e ainda o homem do velho regime, já decadente, e o homem novo da Perestroika (Karpov/Kasparov)!
De: "replicant_pt"
Data: Ter Mai 11, 2004 4:09 pm
Assunto: Para onde vais Xadrez!
Quando leio sobre as trapalhadas do próximo campeonato FIDE, da reunificação e fórmula para se encontrar, de forma credível, um novo Campeão do Mundo, que se possa orgulhar do seu título, recordo com nostalgia todo o ciclo que no passado nos fazia seguir atentamente os zonais, interzonais e torneios de candidatos até se chegar ao apuramento do 'challenger' do Campeão do Mundo.
Nessa altura, o xadrez, apesar da sua conotação com o mundo soviético, quebrada esporádicamente por génios como Fischer, era uma modalidade respeitada e em que todos os participantes tinham objectivos bem definidos para a sua carreira.
Agora, está-se perante um enorme vazio. A presidir à FIDE está uma figura inenarrável que não trouxe mais ao xadrez que os obscuros patrocínios de eventos, que nem mediáticos conseguiram ser.
Os jogadores de elite, numa cegueira que a longo prazo lhes sairá cara, preocupam-se com os cifrões, desde que lhes garantam a permanência nos ainda chorudos torneios de elite. A prazo, os grandes patrocínios serão mais difíceis de conseguir, pois a falta de um ciclo regular de competição afasta o xadrez dos media, das massas e da chama que o poderia alimentar.
sábado, maio 08, 2004
O Código Da Vinci
Depois de ler o excelente livro de Philip Roth “A Mancha Humana”, resolvi desanuviar um pouco e embrenhar-me no best-seller do momento, que versava assuntos que sempre exerceram algum fascínio sobre mim – os Templários, as sociedades secretas, enfim, o hermetismo em geral.
Contudo, sob este ponto de vista, o livro é uma desilusão. Longe, muito longe, daquele que considero ser a maior obra-prima do género “O Pêndulo de Foucault” de Umberto Eco (e não o “Nome da Rosa”, como os nossos críticos que não leram mais nada de Umberto Eco, afirmam). Este sim, põe-nos a fazer roteiros turísticos à procura de desvendar segredos dos Templários, Rosa-Crucianos, etc.
O livro de Dan Brown é literatura do mais 'light' possível. Destina-se a um público muito pouco exigente. Todo o livro está construído sem profundidade e apenas tem como preocupação deixar uma ponta solta para o capítulo seguinte, de forma a que a leitura se torne quase compulsiva. Os capítulos são pequenos e vão-se devorando rapidamente. Sob este ponto de vista, o livro é eficaz, contudo nunca temos a ilusão de estar a ler um grande livro. Como em qualquer filme de acção/mistério (para o qual o livro vai servir de argumento) estamos apenas à espera do final. Depois, tudo se esquece.
quinta-feira, abril 15, 2004
PTChess.com
Foi inaugurado um servidor de xadrez em português em www.ptchess.com! Qualquer um pode inscrever-se, fazer o download do 'client' e jogar.
O serviço é excelente, do melhor que vi pela Net. Só desejo que tenha mais sucesso do que outras tentativas passadas.
Bem merece!
segunda-feira, abril 12, 2004
"OS MEUS LIVROS"
Esta é a melhor revista sobre livros que alguma vez se editou. É um deleite lê-la de fio a pavio...
Como tudo aquilo que é bom acaba depressa, leio cada número como se fosse o último.
quarta-feira, abril 07, 2004
Spirit
O robô “Spirit” acabou a sua missão, embora ainda continue activo. A missão destes robôs em Marte foi um sucesso em termos técnicos. Certamente a análise da imensa informação que recolheram vai trazer importantes contributos para o conhecimento científico do planeta vermelho.
Contudo, não consigo esconder uma certa frustração quanto aos resultados. Nada de verdadeiramente extraordinário foi revelado... O defeito talvez seja meu, li demasiada ficção científica na minha adolescência. :)
Não esperava que se encontrassem marcianos, mas secretamente desejava que se descobrisse, de forma indubitável, vestígios de qualquer forma primitiva de vida. Assim, soube a muito pouco!
Iraque
O caos está a generalizar-se no Iraque. Não tardará muito que as forças ocidentais abandonem o território sem honra nem glória.
domingo, abril 04, 2004
SNS
A semana passada tive de levar o meu filho às urgências hospitalares. Era Domingo e de repente ele ficou com febres muito altas que teimavam em não baixar, mesmo com analgésicos.
Foi atendido por um médico espanhol, situação cada vez mais frequente no nosso país. Este fez-lhe um rápido diagnóstico, infecção na garganta. Receitou-lhe um antibiótico e mandou continuar com analgésicos.
De madrugada começou com vómitos e diarreia. Alarmado, fui novamente às urgências. Desta vez era um médico português, que despachava a velocidade recorde todos aqueles que estavam à espera. Quando chegou a minha vez, percebi porquê. Completamente ensonado, sem se dignar olhar para a criança, ouviu-me falar em vómitos, receitou-lhe de imediato “Primperam”, para parar os vómitos.
Nesse mesmo dia fui ao pediatra, que diagnosticou uma virose intestinal. Com tratamento adequado, rapidamente melhorou.
Hoje, li no jornal, que no Hospital de Faro, uma criança foi levada quatro vezes às urgências, devido a febre altíssima. Invariavelmente foi mandada para casa, sem que se dignassem examinar o caso com atenção. A criança acabou por morrer em casa com uma septicemia generalizada...
Pela experiência que tive não me admira nada que isto aconteça com frequência!
Era bom que repensassem seriamente e urgentemente os critérios de selecção dos alunos que ingressam nas faculdades de Medicina. Enquanto imperarem exclusivamente os critérios das elevadas notas no secundário, sem tomarem em conta os aspectos vocacionais, muitas situações destas vão continuar a proliferar. Muita da experiência que tenho com os serviços de saúde, mostra-me, com demasiada frequência, a completa falta de sensibilidade da classe médica.
segunda-feira, março 29, 2004
Donnie Darko (2)
Existem espantosas coincidências. Quando no 'post' anterior me dispunha a ir procurar o DVD “Donnie Darko”, eis que vejo no site do “DN” que este DVD é o filme distribuído com o jornal na próxima 5ª feira!!?
Nem de propósito!
sábado, março 20, 2004
Donnie Darko
Já há muito que reduzi as idas ao cinema a uma ou outra incursão que possa englobar toda a família.
Assim, na maioria das vezes, sacio os meus apetites cinéfilos com aquilo que me é oferecido pelos canais da TV Cabo, ou no DVD. Sei que para um cinéfilo isto é uma pobre alternativa, mas é melhor que nada.
No meio da imensa plêiade de oferta dos canais da Lusomundo, em que nem sempre abunda a qualidade, mas que possui o mérito de procurar uma oferta diversificada, retenho algumas pérolas surpreendentes, como “Clay Pigeons – Tiro aos Patos” de David Dobkin, com Joaquin Phoenix, Vince Vaughn e produzido pelo bem conhecido Ridley Scott; “Requiem for a Dream – A Vida Não é Um Sonho” de Darren Aronofsky, com Ellen Burstyn e, agora, “Donnie Darko” de Richard Kelly.
Todos estes filmes têm em comum serem realizados por jovens, ilustres desconhecidos, que praticamente se estrearam com estes trabalhos, que, todavia, contêm aquela centelha de genialidade que desejo ardentemente se venha a confirmar.
Apesar da excelência de qualquer uma destas obras cinematográficas, apenas o último filme citado, que anda a ser exibido no “Lusomundo Premium”, teve passagem pelas salas de cinema aqui em Portugal, o que é bem revelador dos estreitos horizontes das nossas distribuidoras.
“Donnie Darko” é um filme surpreendente que recomendo da forma mais viva a todos aqueles que ainda não assistiram. Para quem gosta de universos estranhos (um pouco à David Lynch) ficará certamente cativo do fascínio que este filme irradia. Para este deslumbramento contribui também, de forma decisiva, a excelente banda sonora.
Já vou vasculhar as lojas à procura do DVD...
quarta-feira, março 17, 2004
666 (outra vez!)
Esta chegou-me por e-mail!?
Façam o seguinte:
1. Escrevam no "word" em maiusculas: Q33 NY (o nome do avião que embateu no primeiro edificio das torres gémeas).
2. Aumentem o tamanho da letra para 72.
3. Mudem o tipo de letra para Wingdings.
Experimentem e verifiquem o resultado mais que surpreendente!?
terça-feira, março 16, 2004
Eduardo Lourenço
Já há muito que não tinha o privilégio de ler Eduardo Lourenço.
Hoje, o “Público” veiculou a opinião do nosso maior pensador actual sobre a “Tragédia Espanhola”.
A não perder!
segunda-feira, março 15, 2004
domingo, março 14, 2004
Sobre o Quotidiano
Sobre lo cotidiano 1
Fotografia 40x150 cms 1999
A jovem Ana Adarve é uma das grandes fotógrafas colombianas. Vamos seguir atentamente o seu percurso!
quinta-feira, março 11, 2004
Reciprocidade
Está na ordem do dia a reciprocidade na blogosfera, no que aos links diz respeito.
De início fazia-me alguma confusão, mas agora reconheço que a generosidade aqui não compensa.
Os links para blogs, aqui ao lado, obedecerão à mais elementar regra de justiça – a reciprocidade!
Os 16 anos da TSF (cont.)
A TSF já acordou!
Tarde, demasiado tarde, já não fala de outra coisa.
Como sempre, é a última aperceber-se do que marca actualidade.
Às 8:00h, já se sabia existirem dezenas de mortos e centenas de feridos, no brutal atentado em Madrid, mas a TSF ainda dava destaque às notícias preparadas de véspera.
Este trágico acontecimento, a essa hora, merecia apenas uma nota de rodapé.
Para que conste na 'vergonha' futura...
Os 16 anos da TSF
Estaria na altura de dar os parabéns à TSF pelos relevantes serviços que prestou ao país. Infelizmente, falo no pretérito, porque, na actualidade, a TSF é uma rádio que não procura qualquer diferença em relação às outras. Longe vão os tempos em que procurávamos a TSF para ter informação actualizada e longe vão os momentos épicos das reportagens do bloqueio da Ponte 25 de Abril ou da cobertura de Timor.
Agora, quando sintonizamos a TSF na esperança de ouvir as últimas do brutal atentado em Madrid, ouvimos apenas o trabalho de casa, feito de véspera, sobre o regresso dos elementos da GNR que prestaram serviço no Iraque. Ou então do descontentamento dos trabalhadores da FESTRU!?
Esta total falta de noção das proporções impressiona-me de sobremaneira. Esta rádio, que já foi noticiosa, guia-se pela agenda e não pela actualidade. Há aqui uma clara inversão de valores, como se o mundo das notícias se condicionasse pela agenda pré-determinada e não, como é óbvio, pelo inverso.
Infelizmente, esta situação não é nova. O mesmo se passou no “11 de Setembro” e, mais recentemente, no desastre do Columbia. Quando todas as televisões tinham interrompido as suas emissões para a cobertura em directo destes acontecimentos, a TSF continuava, de forma ronceira e completamente alheada do mundo, imperturbável na sua emissão mais rotineira.
domingo, março 07, 2004
XXI Torneio Internacional de Linares (3)
Terminou o XXI Torneio Internacional de Linares com a vitória de Vladimir Kramnik. A título de curiosidade, registe-se que Kramnik venceu o torneio jogando apenas 321 lances, nas 12 partidas efectuadas, o que ilustra bem a falta de combatividade a que se assistiu neste torneio.
Os piores receios confirmaram-se. Cada vez mais o Xadrez se torna, a nível das elites, um espectáculo aborrecido e pouco atractivo. Se juntarmos a isto a indefinição relativamente ao campeonato mundial e o avanço dos computadores nesta área, temos esta actividade em perigo de extinção.
Longe vão os tempos dos grandes duelos e dos grandes momentos em que todo o mundo seguia com atenção os desenlaces das partidas e as peripécias dentro e fora dos tabuleiros.
A este propósito, leia-se o livro, recentemente publicado, “Bobby Fischer Goes to War “ de David Edmonds e John Eidinow, que nos recorda o extraordinário evento, que mais do que achar o campeão mundial, era um confronto de duas formas diferentes de ver o mundo.
sexta-feira, março 05, 2004
Exames
Não compreendo o alarido feito à volta do anúncio dos exames no 6º ano!?
Certamente que estes não serão a panaceia para os problemas do ensino, mas também não serão o papão que os sindicatos, pais e professores propalam.
Aqueles que defendem que estes exames deveriam ter carácter de aferição, sem interferir na avaliação dos alunos, certamente nunca estiveram numa escola a assistir ao completo desprezo que estes manifestam por este tipo de exames.
Grande parte dos maus resultados das provas de aferição explicam-se pela completa indiferença e total falta de empenho que os alunos colocam na sua realização, pois sabem que estas, no que a eles dizem respeito, não servem para nada.
Assim, é tudo apenas mais uma diversão. Afinal, aquilo até serve para avaliar as escolas e professores...
Já é altura de exigir mais esforço e não ter medo de 'traumatizar' as criancinhas.
quarta-feira, março 03, 2004
“O Regresso do Rei” (2)
Já aqui ficou expressa a minha opinião sobre o “Regresso do Rei”. Considero este filme um monumento à capacidade de recriação de um mundo fantástico e, como tal, um monumento à arte cinematográfica. Assim, nada a opor aos 11 óscares que arrecadou.
Todavia, não me surpreende a reacção afectada de muitos pequenos intelectuais da nossa praça, que, de uma forma pouco imaginativa, tecem as habituais considerações politicamente correctas sobre as preferências da Academia.
E repetem invariavelmente a litania de que a Academia privilegia as grandes produções, em detrimento dos filmes mais intimistas e de autor...
sexta-feira, fevereiro 27, 2004
XXI Torneio Internacional de Linares (2)
Finalmente, na ronda 7, tivemos luta acesa nos tabuleiros. Todas as partidas terminaram sem qualquer empate.
Chegados ao fim da primeira ronda do torneio, o húngaro Peter Leko tomou a dianteira, logo seguido de Kasparov.
Desejamos que a 'segunda parte' seja bem mais emocionante!
Mundos paralelos
Num acesso de revivalismo já aqui falei dos “Yes”, a propósito da edição de um DVD. Hoje, quase por acaso, fui parar a um dos responsáveis pela imagem de marca dos “Yes”. Estou a falar do criador de quase todas as capas para os “álbuns” do grupo – Roger Dean.
O mundo que se vê nestas criações de Dean é, no mínimo, fascinante. É tão coerente ao longo da sua obra que nos dá a ideia de ele ter visitado algum mundo paralelo!
quinta-feira, fevereiro 26, 2004
CTT – Correios de Portugal
Já houve tempos em que os CTT eram um serviço público de referência. Dos poucos em que poderíamos confiar, quase sem reservas.
Espantava-me até a eficiência destes serviços, já que, comparados com os congéneres estrangeiros, pareciam-me muito mais fiáveis.
Veio a moda das privatizações, das reformas da administração pública e pagou o justo pelo pecador. O que funcionava mal nunca veio a funcionar bem e aquilo que era excelente foi nivelado pela mediocridade habitual.
Não bastava a peregrina ideia de reduzir drasticamente o pessoal, encerrando estações e delegando estes serviços nas Juntas de Freguesia, de acabar com a distribuição diária da correspondência em zonas rurais... Agora, até a mais banal função de distribuir uma carta, tornou-se uma tarefa quiçá gigantesca, que demora eternamente a ser cumprida. E não adianta nada o correio azul, este serviço de luxo que já nos anos 80 garantia a distribuição em 24 horas em todo o Portugal continental.
Uma carta enviada por esta última via no dia 17, chegou-me às mãos apenas no dia 22!!
Mas o pior ainda estava para vir...
Na minha localidade, a Câmara Municipal resolveu alterar a designação de “Rua” por “Urbanização”, mantendo-se igual a restante denominação do meu endereço.
Logo que a medida foi tomada, e antes de qualquer dos residentes saber, o carteiro fez logo um aviso à navegação de que teríamos de alterar a morada, sob o risco de que não receberíamos as cartas. Rapidamente, as cartas recebidas com o endereço “Rua” vieram assinaladas com um ameaçador círculo à volta. E, passado pouco tempo, começaram a ser devolvidas, numa incrível demonstração de excesso de zelo. Ainda indaguei o carteiro, julgando tratar-se de um mero capricho da sua parte. Mas ele garantiu-me que não, que as ordens vinham de cima e que as devoluções foram feitas antes da correspondência lhe ser distribuída.
Julgo tratar-se de um acto de prepotência indescritível. Não se distribui o correio, não por se desconhecer o destinatário ou a morada, mas única e simplesmente por efeitos de uma burocracia perniciosa. Saberão os ditos superiores o trabalho que dá mudar o endereço em todos os serviços que nos dirigem correspondência, ainda por cima devido a uma deliberação camarária na qual não fomos tidos nem achados?
A velha máxima de que o correio deve ser entregue ao destinatário, apesar de todas as atribulações possíveis e imaginárias, que é a imagem de marca de qualquer serviço de correios do mundo, deixou de se aplicar neste país. Os correios passaram a ser uma qualquer empresa desumanizada e burocrática em que o carteiro já não toca duas vezes.
terça-feira, fevereiro 24, 2004
Carnaval
Nunca gostei do Carnaval! Quando era pequeno, recordo-me que só me ficava na mente o número de mortos e assassinatos no Rio de Janeiro, que os noticiários actualizavam a todas as horas. É interessante que na actualidade isto não é notícia!? Será que já não morre ninguém?
Reconheço que o desfile das escolas de samba, no Rio de Janeiro, é um espectáculo portentoso e difícil de menosprezar. Contudo, as tristes imitações que por cá pululam, tentando importar uma coisa que não condiz nem com a nossa latitude (é só ver as garotas mais afoitas a tiritar de frio) é um espectáculo pobre, pouco imaginativo, apenas para satisfazer os apetites de uma população pobrete mas alegrete.
XXI Torneio Internacional de Linares
O torneio internacional de Xadrez na pequena cidade espanhola de Linares tornou-se, desde há muito, um clássico na modalidade. É dos poucos que consegue reunir a elite das elites do Xadrez.
No entanto, já há muito que não se assistia a um torneio “tão aborrecido”, em que a maioria dos jogos terminam invariavelmente num empate e, muitos deles, de curta duração. Até agora, decorridas 5 jornadas, apenas um jogo fugiu ao empate o que não auspicia grandes emoções.
Resta-nos a esperança de que a “missa” ainda não chegou à metade...
sábado, fevereiro 21, 2004
O “mundo” nas mãos
Fico deslumbrado com o poder de processamento que, hoje em dia, temos nas mãos.
Já não basta o extraordinário poder que têm os nossos PCs de secretária, os «notebooks» e, desde há algum tempo, os pequeníssimos Pocket PCs!
Este texto foi escrito, na íntegra, num destes minúsculos aparelhos, num pequeníssimo teclado virtual, que com relutância e cepticismo me resolvi experimentar.
Como nas restantes coisas da nossa vida, tudo é uma questão de treino e experiência. Paulatinamente vamos adquirindo a destreza e, neste caso, a máquina acompanha-nos nesta aprendizagem. A escrita vai-se tornando mais fluída à medida que as palavras mais utilizadas são antecipadas.
Imaginem a liberdade que isto permite... O tempo gasto nos meios de transporte, nas intermináveis esperas com que frequentemente somos confrontados, pode agora ser, de alguma forma, aproveitado.
As horas de tédio e da rotina mais inútil servirão para preparar a agenda, actualizar as contas bancárias, continuar o texto que tínhamos iniciado em casa ou, muito simplesmente, jogar uma partida de xadrez, que podemos suspender, continuar ou acabar em qualquer altura.
Sem partilhar do pessimismo que abunda por aí, gosto muito de viver neste admirável mundo!
quarta-feira, fevereiro 18, 2004
Bibliotecas públicas
Muita da minha formação e dos intermináveis momentos de prazer da minha juventude são devidos à Biblioteca Pública e, mais concretamente, à Fundação Gulbenkian.
Fiquei muito surpreendido com o movimento que está a surgir em Espanha contra o pagamento de uma quantia pelos livros que são emprestados pelas Bibliotecas. O pagamento pela leitura(?), empréstimo(?) (ainda não entendi muito bem) parece dever-se a uma directiva comunitária, supostamente para proteger os direitos de autor.
A ser assim, esta medida não tardará a chegar a Portugal. E se os nossos índices de leitura são já paupérrimos, o que não será quando os adolescentes tiverem de pagar para a leitura domiciliária.
Quantos de nós, que gostamos de ler, não devemos este gosto pela leitura às bibliotecas?
Caso não tivéssemos acesso à leitura, por este meio, provavelmente hoje não seríamos leitores e compradores quase compulsivos de livros!
Daí que esta medida, supostamente para defender editores e autores, me pareça o mais estúpido ataque à cultura e à leitura. E a prazo, quem vai sofrer com isso são justamente os editores e autores, que estão a atirar pedras para o seu próprio telhado.
É daquelas medidas imediatistas e de vistas curtas, tão típicas da actualidade...
domingo, fevereiro 15, 2004
Código a descoberto
A Microsoft confirmou que partes do código fonte do seu sistema operativo Windows circula pela Internet.
Esta notícia provocou algum alarme, pois poderá colocar a nu algumas vulnerabilidades do sistema operativo e comprometer ainda mais a segurança de todas as empresas que baseiam os seus sistema no Windows. Alguns receiam que, fruto desta revelação, uma onda de novos vírus surgirão nos próximos meses.
Tudo isto a mim me parece desconcertante e até algo mirabolante. O Linux, com que eu trabalho, tem desde sempre o seu código fonte aberto e nem por isso é mais vulnerável que o sistema da Microsoft, muito pelo contrário. Não tenho grandes preocupações com vírus e, neste sistema, nunca sofri quaisquer danos com isso. Muitos servidores web funcionam debaixo de Linux e aguentam-se lindamente...
É certo que a Microsoft sempre guardou o seu código fonte a sete chaves e, como tal, não deixaria de ser uma notícia sensacional a revelação de partes deste segredo.
Mas os adeptos das teorias da conspiração já têm várias explicações para este facto. Alguns suspeitam que esta fuga fez parte de uma estratégia deliberada pela Microsoft para, daqui a uns meses, começar a processar aqueles que copiem partes do seu código: nomeadamente, alguns programadores de Linux que queiram compatibilizar os dois sistemas.
Outros suspeitam que a Microsoft tem programadores a trabalhar na comunidade 'open source' para contaminar alguns destes projectos com código do Windows...
Há também aqueles que defendem que isto será o princípio do fim da Microsoft que não resistirá a uma análise profunda do seu sistema já velho e cheio de protecções e falhas deliberadamente colocadas pela empresa de Bill Gates.
quinta-feira, fevereiro 12, 2004
Obelisco de Axum
Nem tudo é mau na Itália de Berlusconi.
Em 1937, as tropas de Mussolini invadiram a Abissínia e resolveram trazer como troféu para Roma um dos Obeliscos de Axum. Finda a guerra, e após a queda de Mussolini, os sucessivos governos italianos protelaram sempre a decisão de devolver o obelisco a quem de direito, sob a frágil argumentação de que ele estaria melhor preservado em Roma. A triste ironia do destino veio desmentir categoricamente esta ideia. O obelisco em Roma sofreu as mais diversas atribulações, desde a queda de um raio, até ao desgaste provocado pela poluição. O seu estado de conservação é deplorável. Em contrapartida, os que estão na Etiópia mantiveram-se em boas condições.
Apesar da oposição de alguma direita italiana, parece que agora é de vez o regresso do obelisco ao seu berço.
quarta-feira, fevereiro 11, 2004
Sonhar acordado
Contrariamente à maioria dos comuns mortais, sempre adorei fazer grandes viagens de autocarro ou comboio. Recordo com imensa saudade as intermináveis viagens que fazia para a Universidade de Coimbra, não pela paisagem que poderia apreciar, mas pela disponibilidade para sonhar acordado, sem pressas, sem qualquer necessidade premente de chegar ao destino.
Este sentimento, que julgava quase único, o que me levava a disfarçar tão insólito gosto, afinal está magnificamente descrito por Fernando Pessoa.
Devaneio entre Cascais e Lisboa. Fui pagar a Cascais uma contribuição do patrão Vasques, de uma casa que tem no Estoril. Gozei antecipadamente o prazer de ir, uma hora para lá, uma hora para cá, vendo os aspectos sempre vários do grande rio e da sua foz atlântica. Na verdade, ao ir, perdi-me em meditações abstractas, vendo sem ver as paisagens aquáticas que me alegrava ir ver, e ao voltar perdi-me na fixação destas sensações. Não seria capaz de descrever o mais pequeno pormenor da viagem, o mais pequeno trecho de visível.
Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego
domingo, fevereiro 08, 2004
Cintilações...
Albert André, com as suas mais de 3500 obras, foi aquilo a que se pode chamar um artista prolixo e competente.
Amigo de Cézanne e Renoir, nunca conseguiu atingir o estatuto e o reconhecimento que estes tiveram.
Apesar de tudo, na sua imensa obra, temos alguns momentos de génio, como neste “Femme mettant ses bas”, pintado em finais do século XIX.
sexta-feira, fevereiro 06, 2004
Restrições...
A exibição de um seio, por parte da cantora Janet Jackson, no intervalo do “Superbowl” provocou uma onda de indignação a alguns telespectadores mais sensíveis.
Esta reacção motivou, por parte das cadeias de televisão, uma onda de filtragem de directos para evitar surpresas futuras. Já nada escapa à “censura” televisiva, neste fervor anti-seio...
A sociedade americana é o exemplo mais acabado e grosseiro da hipocrisia como forma de estar na vida. Sempre me intrigou isso, mas não encontro qualquer explicação plausível para o fenómeno!?
domingo, fevereiro 01, 2004
Inanidades
Interrogo-me como é que uma inanidade do género “XXX - Missão Radical” foi alardeada como filme do mês nos canais Lusomundo?
sábado, janeiro 31, 2004
quinta-feira, janeiro 29, 2004
Contra a morbidez
O Paulo Gorjão do “Bloguítica” andou à procura de blogues que expressassem a sua indignação pela morbidez demonstrada com a morte de Fehér.
Pela lista que lá encontrei, fiquei contente em saber que não estou sozinho...
quarta-feira, janeiro 28, 2004
Opportunity
Todos os dias visito religiosamente o site da NASA para saber das últimas dos nossos(?) robots que exploram Marte.
As imagens que nos chegam são espantosas. É nestas ocasiões que dou graças por dispor deste fenomenal meio de informação que é a Internet.
As notícias são animadoras. O 'Spirit' está a recuperar aos poucos da sua avaria, que se julga agora ser apenas de software, e o 'Opportunity' pousou numa cratera, ouro sobre azul do ponto de vista da investigação geológica.
terça-feira, janeiro 27, 2004
Fascínio mórbido
Estava eu no Domingo a ver a liturgia habitual do professor Marcelo, quando, já no estertor final do programa, o jornalista interrompe o Professor para anunciar que algo de grave tinha acontecido a um jogador do Benfica, cujo nome “Fehér” não me dizia rigorosamente nada, pois normalmente não acompanho o futebol.
Não tendo acompanhado mais qualquer informação nesse dia, deitei-me apenas com esse facto. De manhã, acordei com a notícia que o jogador do Benfica tinha falecido. Liguei a televisão para assistir a imagens do sucedido. Esta não me decepcionou, no jornal da manhã, passou várias vezes os últimos momentos do jogador.
Confesso que estas imagens me provocaram bastante comoção. Apesar de desconhecer em absoluto o jogador, impressionou-me a sua figura, a sua juventude e a sua aparente bonomia e simpatia desaparecer quase instantaneamente, por obra e graça sabe-se lá do quê.
Considerei normal que esse fosse o assunto do dia.
Porém, já estranhei o directo de pelo menos duas estações televisivas que mantiveram no ar a emissão durante horas à espera que o corpo chegasse de Guimarães a Lisboa.
Hoje fiquei aterrado quando quase às 14:30, no Jornal da Uma da RTP, depois de uma hora e meia de emissão, ainda não se tinha mudado de assunto, como se mais mundo não existisse, nem mais houvesse para noticiar!? E à custa de quê se mantinha a emissão: saber que as equipas do Boavista, do Belenenses, Vitória de Setubal, etc, tinham passado pela câmara ardente, que a fila de pessoas atingia duzentos e tal metros..., o Presidente do Sporting tinha abraçado o Presidente do Benfica, que este último tinha prometido que mais ninguém iria usar o mesmo número da camisola do jogador, etc, etc... Ou seja, notícias de coisa nenhuma!
Apenas se procura alimentar até à náusea uma dor colectiva, explorando, como vem sendo habitual, o gosto pela morbidez do nosso povinho.
Aonde pára o bom-senso mais elementar?
segunda-feira, janeiro 26, 2004
Yes, Symphonic Live
O ser humano é, por natureza, nostálgico. Todos nós, de uma forma ou de outra, recordamos momentos que consideramos dourados. Épocas em que as nossas vidas e o nosso pulsar batia ao som e ao ritmo de determinado grupo musical, realizador, escritor, etc.
Estes momentos, que nos marcam sobretudo a adolescência, teimam em manter-se vivos na nossa memória e persistem tanto mais dourados quanto mais inatingíveis ou irrepetíveis.
Aqueles a que por vezes conseguimos regressar, revelam-se na maioria dos casos decepcionantes, uma pálida sombra do passado. O que nos fazia vibrar revela-se sem graça e perfeitamente datado. Contudo, felizmente, nem sempre é assim.
Foi num impulso 'revivalista' que adquiri o DVD, posto à venda com o Diário de Notícias, “Yes Symphonic Live”. Os Yes, os King Crimson, os Genesis, os Gentle Giant eram aqueles grupos que nos anos 70 me faziam percorrer mais de uma centena de Km, para comprar álbuns importados, já que o mercado nacional era pobre e muita coisa não era editada ou reeditada. Muitas tardes passei, quase religiosamente, a ouvir vezes sem conta estes agora gastos e velhos discos.
Foi com algum temor que coloquei o DVD a funcionar, afinal corria o risco de matar essa vivência. Mas, foi com surpresa que, sem vibrar como outrora, revi com agrado os meus velhos heróis. Estes, tal como eu, já deixaram a juventude para trás, mas ainda se respira e se ouve, com alguns ressaibos de misticismo, este Rock sinfónico ou progressivo, complexo e distante da melodia fácil que tanto contestávamos na altura.
Um prazer! Recomendo a quem passou pelo mesmo :)
domingo, janeiro 25, 2004
Matina
Lá longe, como um eco dos vales que daqui avisto, repicam os sinos, clamando pelo povo para assistir à missa...
sábado, janeiro 24, 2004
Água em Marte
As primeiras páginas dos jornais de hoje anunciavam a descoberta de água em Marte, em estado sólido (gelo) como se esta se tratasse da maior revelação do século.
Nunca duvidei (e penso que todos aqueles que acompanham minimamente esta matéria, também não) da existência de água em Marte sob a forma de gelo. Se a revelação tivesse sido a da descoberta de um mar, ou um lago, ou mesmo um pequeno riacho em estado líquido, aí sim, teria sido uma grande descoberta...
Este anúncio a roçagar o alarde insere-se na rivalidadezinha mal escondida entre a missão europeia e a americana. Nesta perspectiva, foi recebida com marota satisfação o quase silêncio do 'Spirit'. Desta forma, custa menos a suportar o silêncio absoluto da 'Beagle'.
Se há campo em que eu queria que todos ganhassem era neste da exploração espacial. Daí que o meu regozijo será sempre pelos sucessos alcançados, sejam estes europeus, americanos, russos, chineses, japoneses, etc. etc.
Pela mesma ordem de ideias, lamentarei sempre qualquer fracasso, tenha ele a nacionalidade, credo, ou raça que tiver!
No espaço, não há lugar para a mesquinhez!
sexta-feira, janeiro 23, 2004
Greve
Este Governo está apostado em nivelar a sociedade portuguesa pelo menor denominador comum.
Faço votos para que esta greve seja um sucesso!
quinta-feira, janeiro 22, 2004
Silêncio...
O 'Spirit' ficou silencioso... Desconhecem-se as causas...
Estava tudo a correr tão bem!
Lá me ocorrem outra vez as velhas 'Crónicas Marcianas' de Ray Bradbury!?
quarta-feira, janeiro 21, 2004
A 'Slackware' story
Quando entro no Linux, tenho sempre uma frase, uma história, ou uma poesia...
A história de hoje reza o seguinte:
A man is crawling through the Sahara desert when he is approached by another
man riding on a camel. When the rider gets close enough, the crawling man
whispers through his sun-parched lips, "Water... please... can you give...
water..."
"I'm sorry," replies the man on the camel, "I don't have any water
with me. But I'd be delighted to sell you a necktie."
"Tie?" whispers the man. "I need *water*."
"They're only four dollars apiece."
"I need *water*."
"Okay, okay, say two for seven dollars."
"Please! I need *water*!", says the man.
"I don't have any water, all I have are ties," replies the salesman,
and he heads off into the distance.
The man, losing track of time, crawls for what seems like days.
Finally, nearly dead, sun-blind and with his skin peeling and blistering, he
sees a restaurant in the distance. Summoning the last of his strength he
staggers up to the door and confronts the head waiter.
"Water... can I get... water," the dying man manages to stammer.
"I'm sorry, sir, ties required."
terça-feira, janeiro 20, 2004
Configuração
Verifiquei que com o Netscape e o Mozilla, no Linux, a configuração que tinha não era a ideal, como aparentava no Internet Explorer.
Os links não cabiam no espaço a eles reservado e ficava tudo um pouco amontoado.
Parece que agora está melhor!
domingo, janeiro 18, 2004
Linux
Para quem gosta de trabalhar em computadores, o Linux é o sistema operativo dos nossos sonhos. O software é aberto, está constantemente a ser actualizado, através do contributo de todos aqueles que se prestam a isso.
É um sistema operativo estável, multi-utilizador e multi-tarefa.
Para quem julgue que a aparência é troglodita, desiluda-se. Com a interface gráfica KDE ou GNOME, temos um sistema de janelas muito superior ao do Windows XP e até ao Mac.
Adoro isto!
Obrigado Linus Torvalds!
sábado, janeiro 17, 2004
Há tanto tempo...
Tenho andado tão entretido com o "Spirit" e a configurar o meu computador para trabalhar em Linux, que praticamente me esqueci de 'postar'.
Agora, que já consegui pôr tudo a funcionar correctamente em Linux (distribuição Slackware 9.1), inclusive o meu modem ADSL, penso voltar a estas lides com mais frequência :)
domingo, janeiro 04, 2004
“Spirit”
Tudo leva a crer que o “Spirit” se encontra bem na superfície marciana.
Temos emoção garantida para os próximos tempos! :)
sexta-feira, janeiro 02, 2004
Alfred Abouy-Rebouet
Este quadro é de um pintor francês do século XIX, cujo nome é Alfred Abouy-Rebouet.
Nada mais sei sobre este pintor. Contudo, intriga-me este quadro, recentemente posto à venda numa galeria Nova Iorquina.
A técnica é excelente e o tema é intrigante. Que farão estas duas mulheres junto à casa em ruínas?
Uma espreita com curiosidade para o interior, a outra aparenta desinteresse ou desolação?
Dão-se alvíssaras a quem me ilumine sobre o autor!
Subscrever:
Mensagens (Atom)