quinta-feira, março 11, 2004

Os 16 anos da TSF


Estaria na altura de dar os parabéns à TSF pelos relevantes serviços que prestou ao país. Infelizmente, falo no pretérito, porque, na actualidade, a TSF é uma rádio que não procura qualquer diferença em relação às outras. Longe vão os tempos em que procurávamos a TSF para ter informação actualizada e longe vão os momentos épicos das reportagens do bloqueio da Ponte 25 de Abril ou da cobertura de Timor.
Agora, quando sintonizamos a TSF na esperança de ouvir as últimas do brutal atentado em Madrid, ouvimos apenas o trabalho de casa, feito de véspera, sobre o regresso dos elementos da GNR que prestaram serviço no Iraque. Ou então do descontentamento dos trabalhadores da FESTRU!?
Esta total falta de noção das proporções impressiona-me de sobremaneira. Esta rádio, que já foi noticiosa, guia-se pela agenda e não pela actualidade. Há aqui uma clara inversão de valores, como se o mundo das notícias se condicionasse pela agenda pré-determinada e não, como é óbvio, pelo inverso.
Infelizmente, esta situação não é nova. O mesmo se passou no “11 de Setembro” e, mais recentemente, no desastre do Columbia. Quando todas as televisões tinham interrompido as suas emissões para a cobertura em directo destes acontecimentos, a TSF continuava, de forma ronceira e completamente alheada do mundo, imperturbável na sua emissão mais rotineira.

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