segunda-feira, dezembro 28, 2009

Capela-Mor da Sé de Braga


20070602_Braga_se_interior_orgaosaltar_mor
Originally uploaded by VRfoto

BRAGA (Portugal): Sé de Braga. A capela-mor foi despojada do seu retábulo barroco, conservando ainda a abóbada de combados da autoria de João de Castilho, e encomendada pelo bispo D. Diogo de Sousa em 1509.

See where this picture was taken. [?]

sexta-feira, novembro 27, 2009

domingo, outubro 25, 2009

Expressionismo

Oskar Kokoschka, Mädchenbildnis, 1913

Movimento artístico do início do século XX que se desenvolveu a partir do Impressionismo. No entanto, e ao contrário do Impressionismo, este pretendia transmitir emoções e não apenas impressões do mundo físico. Para isso, artistas como Otto Dix, Oskar Kokoschka e também Edvard Munch, exageravam as linhas e as cores para maximizar o impacte visual e o efeito emocional das suas obras.
O artista procura retratar não a realidade objectiva, mas a realidade subjectiva que os objectos e acontecimentos do mundo real despertam nele. Assim, é recorrente o uso de cores intensas, pinceladas agitadas e um espaço desarticulado, jogando com a dinâmica de elementos formais para, através da distorção e exagero, melhor expressar as emoções humanas.

Otto Dix , War Cripples, 1920

terça-feira, agosto 04, 2009

sexta-feira, julho 17, 2009

Cubismo

Pablo Picasso, Les demoiselles d'Avignon, 1907

Este movimento artístico, criado por Pablo Picasso e Georges Braque, nos inícios do século XX, procurava ver a realidade de todos os ângulos ao mesmo tempo, analisando a geometria e a estrutura dos objectos mais do que a sua aparência vulgar. A perspectiva tradicional e as cores da realidade pouco importavam, já que este movimento pretendia alcançar uma quarta dimensão a partir da soma de todas as perspectivas e ângulos de observação de um objecto.

Georges Braque, Man with Guitar, 1911

sábado, maio 23, 2009

Interior da Sé de Braga


20070602_Braga_se_interior
Originally uploaded by VRfoto

BRAGA (Portugal): Sé de Braga.
O interior da Sé mantém um longínquo carácter medieval, mercê do restauro que a DGEMN efectuou entre as décadas de 30 e 50 do século XX, que amputou grande parte da grandiosidade barroca com que os bispos dos séculos XVII e XVIII dotaram as naves, transepto e cabeceira. A capela-mor foi igualmente despojada do seu retábulo barroco, conservando ainda a abóbada de combados da autoria de João de Castilho, e encomendada pelo bispo D. Diogo de Sousa em 1509.

domingo, maio 17, 2009

Fauvismo

Henri Matisse, Retrato com Uma Lista Verde, 1905

O fauvismo foi um movimento iniciado de forma quase espontânea, em que a cor se tornou o objectivo principal do quadro. O nome deve-se à exposição que um pequeno grupo de pintores, liderado por Matisse, realizou em Paris, no Salão de Outono de 1905, em que foram apodados de "Fauves" (feras), como artistas que pintavam de uma forma selvagem.
Os fauvistas transpuseram os seus sentimentos para a cor, utilizando esta de forma pura, directamente do tubo para a tela, prescindindo da paleta. A cor, por vezes, torna-se independente do objecto, uma autêntica força emocional.
Os seus temas são retratos (em que o gosto pela estética das máscaras africanas se encontra presente), naturezas mortas e personagens em interiores. 
Foi um movimento com uma vida muito curta. Os seus membros nunca formaram um grupo coeso e em 1908 já estava completamente desfeito.

André Derain, Ponte de Charing Cross, 1906

Ponte pedonal


Coimbra_Ponte_pedonal
Originally uploaded by VRfoto

COIMBRA (Portugal): Ponte pedonal.

terça-feira, maio 05, 2009

sexta-feira, maio 01, 2009

Simbolismo

Paul Gauguin - Arearea (Joyousness) - 1892

O simbolismo começou por ser um movimento literário que elegia a imaginação como a fonte mais importante da criatividade. Em breve perpassou para as artes visuais, reagindo às limitações do mundo da representação do realismo e do impressionismo. Inspirado pela poesia simbolista dos poetas franceses Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud, os pintores simbolistas, como Gauguin, utilizaram cores emotivas e imagens estilizadas, transportando para a nossa consciência os seus sonhos e estados de espírito e pintando por vezes cenas exóticas e oníricas. Exprimiam ideias e estados de espírito através de símbolos.

Gustave Moreau - Édipo e a Esfinge (1864)

sábado, abril 18, 2009

terça-feira, abril 14, 2009

quarta-feira, abril 01, 2009

domingo, março 29, 2009

Os Pré-Rafaelitas

Rosseti - Beata Beatriz (1870)

Em meados do século XIX, um pequeno grupo de jovens artistas ingleses constituído por Rosseti, Holman Hunt e Millais reagiu vigorosamente contra o que considerava ser "a arte frívola da época".
Os seus objectivos eram lutar contra o academismo, os males da sociedade industrial e o convencionalismo da época vitoriana. Procuraram inspiração na natureza e nos mestres anteriores a Rafael, daí o nome do movimento - pré-rafaelita. A sua ambição era devolver a arte inglesa (tal como era) a uma maior "verdade para com a natureza". Admiravam profundamente a simplicidade característica do século XV e essa admiração fez deles uma "irmandade".
A irmandade foi fundada em Londres, em 1848. As iniciais PRB (Pre-Raphaelite Brotherwood) começaram por ser utilizadas no quadro de Rosseti, A Adolescência da Virgem Maria, em 1849, e em breve foram adoptadas pelos outros artistas.
A temática dos seus trabalhos variava entre episódios inspirados na literatura e cenas religiosas. As suas obras, envoltas em poesia, anteciparam movimentos de vanguarda como o simbolismo.
De início foram muito contestados, até pelo crítico John Ruskin (célebre pela defesa de Turner). Este, todavia, vai reconhecer o valor da obra destes artistas e, mais tarde, irá publicar um corajoso artigo em sua defesa no The Times, tornando-se o apoiante mais articulado do movimento.

Sir John Everett Millais - Ofélia (1851-52)


Edward Burne-Jones - Pigmalião e Galateia (1875-78)

quinta-feira, março 26, 2009

sábado, março 21, 2009

Palácio Mateus (b/w)


Vila_Real_Palacio_Mateus09_bw
Originally uploaded by VRfoto

VILA REAL (Portugal): Palácio Mateus.

Solar setecentista, é considerado o mais belo e emblemático edifício barroco do país. A sua fachada, da autoria de Nicolau Nasoni, ritmada pelas escadarias duplas, os pináculos e balaustradas, elementos por excelência do barroco, é antecedida por um amplo lago rodeando-se o conjunto de grandiosos jardins de tipo francês.

sábado, março 14, 2009

Museu de Lanifícios


2006_Covilha_Museu_Lanificios
Originally uploaded by VRfoto

COVILHÃ (Portugal): Museu de Lanifícios.

O Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, instalado na área das Tinturarias da Real Fábrica de Panos, junto à Ribeira da Degoldra, instituída em 1764 pelo Marquês de Pombal, foi inaugurado a 30 de Abril de 1992. Tem como objectivo reabilitar a memória do trabalho dos lanifícios na cidade da Covilhã, o berço desta actividade em Portugal, através da reconstituição dos processos de fabrico e tingimento dos tecidos de lã, utilizados nos finais do século XVIII.
O museu integra três núcleos: o primeiro ocupa parte da Real Fábrica de Panos do Marquês de Pombal e aí podemos observar as fornalhas do séc. XVIII; a Real Fábrica Veiga e as Râmolas de Sol (espaços ao ar livre onde se secavam e esticavam os tecidos), dispersas por várias zonas do concelho.
O Museu de Lanifícios foi considerado pela UNESCO o melhor museu têxtil da Europa.

Fonte: http://www.lifecooler.com/edicoes/lifecooler/desenvRegArtigo.asp?reg=334931

sexta-feira, março 06, 2009

Interior da Basílica da Estrela


20070708_Lisboa_basilica_estrela_interior01
Originally uploaded by VRfoto

LISBOA (Portugal): Interior da Basílica da Estrela. O amplo interior, de mármore cinzento, rosa e amarelo, iluminado por aberturas na cúpula, infunde respeitoso temor. Várias pinturas de Pompeo Batoni adornam o seu interior.

Fonte: pt.wikipedia.org

terça-feira, março 03, 2009

O Leão de Veneza

Rezam os escritos que S. Marcos foi martirizado e enterrado em Alexandria, no Egipto. A sua ligação a Veneza remonta à lenda que afirma que, em 828, alguns mercadores venezianos roubaram o seu corpo, em Alexandria, e levaram-no para Veneza, altura em que a cidade o adoptou como patrono. Em 1063 construíram uma sumptuosa basílica, que substituiu a capela original, e Veneza adoptou também o leão alado de São Marcos Evangelista como símbolo para o seu escudo de armas. As asas do animal reportam-se ao seu papel de mensageiro.

lion-venice-book_op

Este Leão está omnipresente por toda a cidade. Curiosamente, o leão é representado com uma pata sobre um livro aberto (o Evangelho) ou fechado. Segundo a tradição, quando o livro está aberto, significa que o trabalho escultórico foi realizado num período em que a cidade estava em paz.

lion-venice-book_op01

O livro aberto - sinal de paz

Por outro lado, quando o livro se encontra fechado, a cidade estava em guerra.

lion-venice-book_cl01

O livro fechado - sinal de guerra!

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Curiosidades da nossa História...


D. Afonso Henriques visitou o seu mordomo-mor D. Gonçalo de Sousa nas suas terras em Unhão. O dono da casa foi tratar de arranjar comida e, quando voltou, encontrou o rei a fazer amor com a sua mulher. Perante a cena limitou-se a dizer:
- Levantai-vos senhor, a comida já está pronta.
O rei foi comer. Enquanto isso, D. Gonçalo mandou rapar os cabelos à mulher e mandou-a embora para a casa dos pais dela, montada numa burra virada para o rabo do sendeiro. O rei reagiu mal, dizendo:
- D. Gonçalo, por muito menos que isto um vassalo do meu avô cegou sete condes!
D. Gonçalo retorquiu:
-Senhor, cegou-os injustamente e morreu por isso!

Consta que o nosso valente D. Afonso Henriques ficou sem resposta...

Relato do Livro de linhagens do conde D. Pedro

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Torre Eiffel


Paris_torre_eiffel02
Originally uploaded by VRfoto

PARIS (França): Torre Eiffel.
É uma torre de ferro construída no Campo de Marte ao lado do Rio Sena em Paris. A torre tornou-se um ícone mundial da França é uma das mais conhecidas estruturas do mundo.
(Wikipédia)

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

domingo, janeiro 25, 2009

Recordando crises passadas...

... através de um dos mais impressionantes trechos literários sobre a Grande Depressão:

Os pequenos fazendeiros observam como as dívidas sobem insensivelmente, como o crescer da maré. Cuidaram das árvores sem vender a colheita, podaram e enxertaram e não puderam colher as frutas.
Este pequeno pomar, para o ano que vem, pertencerá a uma grande companhia, pois o proprietário será sufocado por dívidas.
Este parreiral passará a ser propriedade do banco. Apenas os grandes proprietários podem subsistir, visto que também possuem fábricas de conservas.
A podridão alastra por todo o Estado e o cheiro doce torna-se uma grande preocupação nos campos. E o malogro paira sobre o Estado como um grande desgosto.
As raízes das vides e das árvores têm de ser destruídas, para se poderem manter os preços elevados. É isto o mais triste, o mais amargo de tudo. Carradas de laranjas são atiradas para o chão. O pessoal vinha de milhas de distâncias para buscar as frutas, mas agora não lhes é permitido fazê-lo. Não iam comprar laranjas a vinte cents a. dúzia, quando bastava pular do carro e apanhá-las do chão. Homens armados de mangueiras derramam querosene por cima das laranjas e enfurecem-se contra o crime, contra o crime daquela gente que veio à procura das frutas. Um milhão de criaturas com fome, de criaturas que precisam de frutas... e o querosene derramado sobre as faldas das montanhas douradas.
O cheiro da podridão enche o país.
Queimam café como combustível de navios. Queimam o milho para aquecer; o milho dá um lume excelente. Atiram batatas aos rios, colocando guardas ao longo das margens, para evitar que o povo faminto intente pescá-las. Abatem porcos, enterram-nos e deixam a putrescência penetrar na terra.
Há nisto tudo um crime, um crime que ultrapassa o entendimento humano. Há nisto uma tristeza, uma tristeza que o pranto não consegue simbolizar. Há um malogro que opõe barreiras a todos os nossos êxitos; à terra fértil, às filas rectas de árvores, aos troncos vigorosos e às frutas maduras. Crianças atingidas de pelagra têm de morrer porque a laranja não pode deixar de proporcionar lucros. Os médicos legistas devem declarar nas certidões de óbito; "Morte por inanição", porque a comida deve apodrecer, deve, por força, apodrecer.
O povo vem com redes para pescar as batatas no rio, e os guardas impedem-nos. Os homens vêm nos carros ruidosos apanhar as laranjas caídas no chão, mas as laranjas estão untadas de querosene. E ficam imóveis, vendo as batatas passarem flutuando; ouvem os gritos dos porcos abatidos num fosso e cobertos de cal viva; contemplam as montanhas de laranja, rolando num lodaçal putrefacto. Nos olhos dos homens reflecte-se o malogro. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecendo para a vindima.

John Steinbeck, As Vinhas da Ira, Edição Livros do Brasil, Lisboa

Portal românico do mosteiro de Bravães


2007_0127P_Barca_Bravaes_portal_principal
Originally uploaded by VRfoto

PONTE DA BARCA (Portugal): Mosteiro de Bravães. A igreja notabiliza-se, sobretudo, pelo «(...) seu portal, voltado a ocidente, constituído por cinco arquivoltas recamadas de motivos figurativos e geométricos, avul­tando, depois, no tímpano, o relevo do Cristo em majestade acolitado por dois anjos. Os colunelos que sustentam as arquivoltas encontram-se, por sua vez, esculpidos de alto a baixo – nos capitéis, nos fustes e nas bases –,sendo de referir pela sua raridade no panorama do nosso românico, as figuras humanas que aparecem em dois fustes, frente a frente.

domingo, janeiro 18, 2009

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Denúncias na Inquisição de Lisboa


20 de Setembro de 1533 — António Correia denunciou Duarte Fernandes por não comer toucinho.

23 de Setembro de 1553 — Jorge Pulga, escrivão do cardeal, denun­ciou o padre S. Miguel por dizer que nem o rei nem o cardeal nem mesmo o Papa poderia tirar uma colher de sua casa.

21 de Janeiro de 1554 — Francisco Vaz denunciou o seu irmão Jorge Vaz.

12 de Janeiro de 1554 — Diogo Antunes, estudante dos Jesuítas, disse que foi a casa de um calceteiro e que este tinha na parede uma es­tampa com um santinho com teias de aranha.

18 de Janeiro de 1554 — Catarina Vaz de Abrantes denunciou Nicolau Castanho, cristão-novo, por cuspir no rosto de Nossa Senhora.

23 de Janeiro de 1554 — Com­pareceu Gomes de Leão, que de­nunciou o licenciado António Gon­çalves, que disse que gostava mais de forcas que de crucifixos.

6 de Junho de 1554 — Compare­ceu Paula Gomes, que denunciou o marido, Pedro Gonçalves, que disse que não sabia se havia Cristo.

18 de Junho de 1554 — Compare­ceu o ourives Pedro Rodrigues por ter dito que certas mulheres iam à romaria da Senhora da Luz menos por devoção do que por poucas ver­gonhas.

7 de Setembro de 1554 — Com­pareceu Manuel Gomes, cristão-novo, e denunciou Manuel Fernan­des, algibebe do Porto, por ter dito que aquela romaria não se devia chamar Senhora da Rapa.

1 de Janeiro de 1555 — Gonçalo Fernandes denunciou dois flamen­gos que faziam figas ao Senhor crucificado.

31 de Janeiro de 1555 — Com­pareceu Baltasar Gomes, ourives, que denunciou um flamengo que não tirou o barrete quando passava diante da cruz.

2 de Março de 1555 — Diogo Mar­tins, castelhano, disse que Henrique Soares anda fugido à Inquisição de Sevilha.

9 de Março de 1555 — O padre Luís Neto, capelão da Sé, acusou um inglês chamado Ricardo, que disse que o Papa canonizava os san­tos por dinheiro.

18 de Junho de 1555 — O Sr. Bispo D. André denunciou o estu­dante Pedro de Sousa, que não quis retratar-se das conclusões erradas que defendeu na Universidade de Coimbra. O bispo acha este estu­dante muito inteligente.

9 de Setembro de 1555 —- Joana Teixeira denunciou seu marido, Tomé Cardoso, porque ele casou outra vez.

9 de Setembro de 1555 — João de Paris, relojoeiro francês, denunciou o inglês Marcos, mestre da Nau, que disse que não era preciso rezar aos santos, bastava fazê-lo a Deus.

17 de Setembro de 1556 — Graça Dória denunciou Mécia Vaz por di­zer que no mundo só há nascer e morrer.

21 de Janeiro de 1556 — André Pires, padre de Sarzedas, denunciou António Rodrigues por ter dito que Nossa Senhora era judia.

16 de Fevereiro de 1556 — O je­suíta João Dício acusou o flamen­go Reiner, lapidador de pedras, por ter dito que era mais virtuosa a vida dos casados que a dos reli­giosos.

26 de Março de 1556 — Ascenso Fernandes denunciou Pedro de Loreto, carpinteiro francês, por comer carne à sexta-feira.

22 de Abril de 1556 — Francisco Gonçalves denunciou Rodrigues Ál­vares, escrivão, por vestir aos sábados pelote, calça preta, boas botas e roupão esverdeado, com pesponto de seda e alamares, ao passo que nos dias santos traz só gabão de mangas curtas.

10 de Julho de 1556 — Fernando Afonso denunciou dois hereges de Ponte de Lima, que disseram que a hóstia era apenas pão.

4 de Agosto de 1556 — Francisco Dias denunciou a mulher dizendo que era judia.

11 de Janeiro de 1557 — Gonçalo Pereira denunciou o mouro Cosme de Sesimbra por ter dito que Nossa Senhora não era virgem.

15 de Janeiro de 1557 — Duarte Rodrigues denunciou Grácia Fer­nandes por não querer trabalhar ao sábado.

30 de Abril de 1557 — Manuel Borges denunciou António Gonçal­ves por ter dito que dormir com uma mulher não era mal nenhum.

4 de Agosto de 1557 — O licencia­do Garcia Mendes de Abreu acusou um cristão-novo de dizer, sobre a virgindade de Nossa Senhora, o se­guinte: «Como é que se pode tirar a gema ao ovo sem quebrar?»

30 de Agosto de 1557 — Compare­ceu Catarina Rodrigues, que denun­cia G. Botelho, cristã-nova, por ter tido relações sexuais com o demónio (Nota do senhor inquisidor: «Por não se dar crédito à testemunha, ar­quivou-se o processo».)

29 de Setembro de 1557 — Com­pareceu Gomes de Abreu e disse o seguinte: «Quando há dois anos a nau S. Bento vinha da índia e nau­fragou, deram à Costa do Natal e o denunciante disse "preze a Deus que me leve a terra de cristão para eu morrer lá". E isto foi ouvido por Garcia de Cárceres, mercador de pedreiras, que respondeu: "Para morrer tanto faz cá como lá."»

16 de Outubro de 1557 — O ouri­ves flamengo Hans Van Mustre acu­sou o ourives holandês João Bette por meter uma imagem numa pia com a cabeça para baixo.