A Catedral de Burgos (cont.)

Foi com alguma emoção que caminhamos em direcção ao centro histórico de Burgos. Esta emoção está sempre presente quando nos aproximamos de alguma obra que já nos é familiar, mas apenas do saber livresco acumulado da leitura dos livros de História de Arte, como é o caso deste magnífico monumento.
Entramos por uma das portas principais e a mais famosa da cidade - o arco de Santa Maria. O seu aspecto actual data do século XVI sendo os seus obreiros Juan de Vallejo e Francisco de Colonia, importantes nomes também nas obras efectuadas na catedral pelo mesmo período. Simula um castelo, com um arco de triunfo em honra de Carlos V. Toda a composição gira à volta da figura da Santa Maria. Actualmente é um Centro Cultural Histórico Artístico muito bem preservado.
Ultrapassado o arco, avistamos a catedral e a visão lateral que temos dela não deixa de nos tirar o fôlego - é magnífica!


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A Catedral de Burgos

Não foi propriamente a beleza dos passeios e dos jardins que nos levaram a fazer uma paragem mais demorada em Burgos. A verdadeira responsável é a sua magnífica catedral!
A origem desta construção remonta a inícios do século XIII quando o bispo D. Maurício é incumbido de ir buscar a noiva do rei Fernando II, a princesa Beatriz da Suábia. Esta longa viagem pela França e Alemanha, numa época em que estavam a ser construídas a maior parte das catedrais góticas, deve ter despertado no prelado o desejo de substituir a pobre catedral primitiva de Burgos, por um monumento digno de ser a principal igreja de Castela. Inaugura-se, desta forma, uma das realizações máximas do gótico hispânico, caracterizada por uma nova profusão ornamental que se vai desenvolver ao longo dos séculos XIII, XIV, XV e XVI.
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Burgos

Partindo de madrugada e após umas paragens menores em estações de serviço, a primeira etapa faz-se até Burgos. Demora cerca de 6 horas o percurso até esta bela cidade espanhola, cruzamento de vários trajectos e caminhos desde recuados tempos. Saliente-se a importância desta cidade, na Idade Média, como ponto intermédio nas rotas de peregrinação a Santiago de Compostela, com os seus hospitais e próspero comércio que usufruía do afluxo abundante de peregrinos. Nos tempos mais chegados, como ponto de passagem dos nossos emigrantes para França e, já agora, daqueles que, como nós, vão para Barcelona ou Andorra.
Para além da riqueza monumental, sobre a qual nos deteremos em próximos 'posts', a cidade oferece-nos múltiplos encantos, com os seus parques e passeios junto ao rio Arlanzón.

Viagem a Barcelona

Realizar uma viagem de automóvel do litoral norte de Portugal até Barcelona é, à nossa escala, um pouco como fazer a mítica 'route 66'. Significa atravessar a Meseta Ibérica de costa a costa, do Atlântico ao Mediterrâneo. É daqueles empreendimentos que infundem algum respeito e que cada vez menos se justifica concretizar, devido ao baixo custo dos voos para a cidade catalã. Todavia, foi assim que visitamos Barcelona, percorrendo os mais de 1200 Km de estrada que separam os dois destinos.

É sobre a experiência vivida ao longo desta jornada que iremos aqui abordar nas próximas intervenções...

Xubuntu

Estou a escrever este post num velho portátil que já tinha arrumado a um canto do sótão. Esta 'proeza' tornou-se possível graças a esta maravilhosa distribuição de Linux (Xubuntu) que permite correr aplicações fantásticas e actualizadas num PC com parcos recursos (64 Mb ram; disco de 4 Gb).
O mais espantoso é que reconheceu todo o hardware deste meu velho e glorioso Toshiba, mais a placa wireless PCMCIA que comprei há anos e que nunca funcionou devidamente em Windows.
Pode ser que retome o prazer de escrever aqui... :)