domingo, novembro 20, 2011

Vista desde o Castelo de Porto de Mós


Porto_mos_Nk_paisagem_rural
Originally uploaded by VRfoto

PORTO DE MÓS (Portugal): Vista do Castelo de Porto de Mós.

quinta-feira, novembro 10, 2011

MESTRES DA FOTOGRAFIA: Josef Sudek (1896 - 1976)

Josef Sudek (Natureza-morta após Caravaggio, 1956)

Sudek criou uma vasta produção a partir dos limitados espaços que compreendiam o barracão do seu jardim e a cidade de Praga, na República Checa. As suas naturezas-mortas são intensas e poéticas na sua abordagem, atingindo uma universalidade notável através da sua espantosa simplicidade.


 Josef Sudek (Interior da catedral de S. vito, durante o seu restauro, ?)

 Sudek não tinha experiência como fotógrafo até à sua participação na 1ª Guerra Mundial, onde ingressou nas fileiras do exército Austro-Húngaro. Após um grave ferimento num braço, que levou à sua amputação, foi-lhe dada uma câmara fotográfica, na qual fez os primeiros ensaios. Após a guerra, a pensão de invalidez do Exército permitiu que ele tivesse tempo disponível para estudar fotografia e praticar esta arte com insistência. Depois de ter experimentado interiores de igrejas, fotografias noturnas e algumas paisagens, ele passou a fotografar o mundo interior do seu próprio estúdio. Raramente aparecem pessoas nas suas fotografias.

Josef Sudek (Natureza-morta, 1950-54)

Era extremamente tímido e reservado, nunca casou e nem mesmo comparecia nas suas inaugurações.
Ficou conhecido como o "Poeta de Praga".

segunda-feira, outubro 31, 2011

sexta-feira, setembro 30, 2011

Aljibe árabe


Caceres_cisterna_aljibe
Originally uploaded by VRfoto

CÁCERES (Espanha): Aljibe árabe dos séculos XI-XII, do Palácio das Valetas. Ainda hoje recolhe a água das chuvas através de um pátio renascentista.

See where this picture was taken. [?]

quinta-feira, setembro 15, 2011

Espigueiros do Soajo


Espigueiros do Soajo
Originally uploaded by VRfoto

SOAJO (Arcos de Valdevez / Portugal): Espigueiros do Soajo.

See where this picture was taken. [?]

Estes espigueiros, que constituem um resquício do espírito de grupo e da vida comunitária, distribuem-se, uns junto dos outros, pela superfície de um volumoso afloramento de granito, que serve de eira coletiva. São vinte e quatro espigueiros de tipo galaico-minhoto, de corpo baixo e alongado com construção em pedra, variando a forma dos esteios da cobertura, nas mesas e padieiros. Caracterizam-se pelas fendas verticais no canastro, pelos telhados de duas águas e pilares de sustentação.

#220 in interestingness (on 2011-09-11)

quarta-feira, setembro 14, 2011

OBRAS PRIMAS: A Anunciação

Fra Angelico (1395–1455) - "A Anunciação"
(Foto: Wikimedia Commons)

Fra Angelico, cujo nome real era Guido di Pietro, era um frade dominicano que iniciou a sua carreira como ilustrador de manuscritos. Acompanhou de perto a evolução das mais modernas técnicas de pintura do seu tempo e, como artista de sucesso, viajou muito para dar cumprimento às encomendas.
Neste retábulo, que remonta aos primórdios da pintura renascentista florentina, Fra Angelico dá-nos a sua interpretação da Anunciação do Evangelho de S. Lucas (1:26-38).
Vemos a aparição do arcanjo S. Gabriel à Virgem Maria para lhe anunciar que Ela tinha sido escolhida para ser a Mãe de Cristo. No retábulo, o arcanjo surge jovem com umas belas asas com as penas detalhadas, enérgico e excitado com a mensagem que vai entregar gesticulando com ambas as mãos. Maria, vestida com um manto azul (a cor da Virgem) com galão dourado, cruza as mãos sobre o peito em sinal de submissão.
Apesar de Angelico estar na vanguarda no seu tempo, este quadro é notoriamente dos primórdios do estilo renascentista, ainda com muitos traços do estilo gótico, como o folheado a ouro, as figuras esguias e o prado artificial de flores, que imita uma tapeçaria medieval.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Escadório do Bom Jesus


Braga_Bom_Jesus_escadaria06
Originally uploaded by VRfoto

BRAGA (Portugal): Escadório do Bom Jesus.

Os Escadórios do Bom Jesus ligam a parte alta da cidade de Braga ao Santuário do Bom Jesus do Monte. Seguem um percurso paralelo ao Elevador. Ao longo do escadório estão capelas que representam a Via Sacra. Vencem um desnível de 116 metros.

domingo, agosto 07, 2011

Catedral de Notre-Dame


Paris_Notre_Dame_catedral01
Originally uploaded by VRfoto

PARIS (França): Catedral de Notre-Dame.

Ergue-se na Ile de la Cité. A sua construção iniciou-se em 1163 de acordo com o projecto do bispo Maurice de Sully. Depois de quase destruída durante a revolução, foi restaurada em 1841-64 pelo arquitecto Viollet-le-Duc.

sexta-feira, julho 29, 2011

MESTRES DA FOTOGRAFIA: Mari Mahr (1941 - )

Mari Mahr (Presentes de Susana, 1985)

Nascida no Chile, em 1941, filha de pais judeus húngaros que se refugiaram no Chile em resultado das perseguições nazis. Regressaram à Hungria em 1949, onde Mahr acabou por ser educada e teve o seu primeiro emprego como fotojornalista. Devido ao ativismo político dos seus pais acabou por perder o emprego em Budapeste. Foi então viver para Inglaterra, onde aprofundou os seus estudos sobre fotografia.

Usa técnicas de montagem e colagem de fotografias em fotografias, sobrepondo objetos num pano de fundo, criando trabalhos evocativos de memória, exílio e identidades desorientadas.

segunda-feira, maio 23, 2011

Ponte "Romana"


Ponte Romana
Originally uploaded by VRfoto

CANGAS DE ONIS (Espanha): Ponte "romana" sobre o rio Sela.

See where this picture was taken. [?]

Ainda que denominada ponte romana, esta é medieval, construída durante o reinado de Afonso XI. Julga-se que foi construída sobre uma ponte romana.
Esta construção é um pouco o ex-libris de Cangas de Onis. Destaca-se o seu famoso arco peraltado e os dois arcos menores desiguais.

quinta-feira, maio 05, 2011

sábado, abril 30, 2011

OBRAS PRIMAS: A Adoração dos Reis Magos

Giotto: A Adoração dos Reis Magos

Esta pintura a fresco decora o interior da Capela de Arena de Pádua, no Norte de Itália. Aqui, Giotto representa a chegada dos Reis Magos para adorar o Menino, trazendo ouro (pureza), incenso (divindade) e mirra (talvez relacionado com o sofrimento e morte de Jesus).
Giotto (c. 1267-1337) é, por muitos, considerado o pai do Renascimento italiano e o fundador da pintura moderna, muito apreciado, mesmo em vida. Segundo a documentação existente era o mais afamado pintor da sua geração.
Reza a lenda que Giotto foi descoberto por Cimabue quando, ainda rapaz, fazia desenhos das ovelhas do pai. Foi certamente discípulo de Cimabue, mas cedo se tornou autónomo e influente ao ponto de ser aclamado pelo poeta italiano Dante na “Divina Comédia”.
Nesta pintura é bem patente a sua maestria, na forma convincente como dá um aspecto tridimensional à cena, no volume das figuras, na sugestão do carácter das pessoas.
Também é visível aqui alguma infantilidade ou ingenuidade, como o camelo com olhos azuis e orelhas de burro. O abrigo não é mais do que uma mesa com pernas altas.
Os azuis estão muito estragados porque era tecnicamente impossível aplicar o pigmento (lápis-lazúli) ao estuque húmido, pelo que tinha de ser sobreposto ao estuque seco.
Curiosa a imagem da estrela que guiou os Reis Magos a não deixar muitas dúvidas de que se tratava de um cometa.

quinta-feira, abril 21, 2011

Lagoa das Sete Cidades


Lagoa_Sete_Cidades04
Originally uploaded by VRfoto

PONTA DELGADA (Portugal): Lagoa das Sete Cidades.

See where this picture was taken. [?]

A Caldeira das Sete Cidades é o maior lago de água doce dos Açores, ocupando uma área de 4,35 km quadrados na parte oeste da ilha de São Miguel. A lagoa das Sete Cidades é um duplo lago composto pelas lagoas Verde e Azul, ligadas por canal pouco profundo atravessado por uma ponte baixa sobre a qual passa a estrada de acesso à freguesia das Sete Cidades.

sábado, abril 02, 2011

Nanotecnologia


A nanotecnologia é a manipulação e o fabrico de materiais e dispositivos à escala de átomos ou de pequenos grupos de átomos. A "nanoescala" mede-se em nanómetros, ou bilionésimos de um metro (a origem do prefixo é nanos, a palavra grega para "anão"). Um nanómetro está para um metro, como uma avelã está para o planeta Terra.

Os materiais de construção nesta escala frequentemente apresentam distintas propriedades físicas e químicas devido aos efeitos mecânicos dos quanta. Um exemplo é o ouro, que tem uma cor distintamente amarela e uma reatividade química muito baixa, à nanoescala torna-se vermelho e actua como um catalisador, acelerando as reações entre outras substâncias. Isto ocorre devido à alteração da proporção entre a sua superfície e o seu volume.

Embora muitos dispositivos utilizáveis a esta pequena escala possam estar a décadas de distância, as técnicas para trabalhar à nanoescala tornaram-se essenciais para a engenharia electrónica e alguns materiais começaram a aparecer em produtos de consumo. Por exemplo, milhares de milhões de microscópicos "nanowhiskers", cada um com cerca de 10 nanómetros de comprimento, têm sido molecularmente enganchados em fibras naturais e sintéticas para conferir resistência a peças de roupas e outros tecidos; nanocristais de óxido de zinco têm sido utilizados para criar protetores solares capazes de deflectir as radiações ultravioletas. Nanocristais de prata foram incorporados em
ligaduras para matar as bactérias e prevenir infecções.


No futuro, será possível revestir a superfície de nanopartículas com material biológico com agentes ativos capazes de se ligarem às células cancerígenas; nanoestruturas capazes de suprimir a formação de vasos sanguíneos para a irrigação de tumores, etc.

domingo, março 20, 2011

Igreja de S. Gonçalo


20070409_Amarante_Ig_S_Goncalo03
Originally uploaded by VRfoto

AMARANTE (Portugal): Igreja de S. Gonçalo.

Fundado em 1540, o convento dominicano de São Gonçalo de Amarante foi construído no local onde se erguia uma pequena ermida medieval dedicada ao santo eremita. A edificação do cenóbio prolongou-se até ao reinado de Filipe I, e embora, numa primeira fase, a direcção das obra fosse atribuída a Frei Julião Romero, a feição maneirista que hoje apresenta o convento amarantino deve-se ao risco do arquitecto Mateus Lopes (RUÃO, 1995, p.24).

sábado, março 12, 2011

O Cavalo de Tróia













Na mitologia grega, um grande cavalo oco, feito de madeira, usado pelos Gregos para vencerem a guerra de Tróia. Os soldados esconderam-se dentro do cavalo, o qual foi deixado fora dos portões de Tróia fingindo ser uma inofensiva oferta aos deuses. Os Troianos não deram ouvidos a um sacerdote chamado Laocoonte, que os aconselhou a não levarem o cavalo para dentro da cidade, dizendo que «não confiava nos Gregos, mesmo quando traziam presentes». Os soldados saíram à noite do cavalo e abriram as portas da cidade ao exército grego, que aguardava.
Esta história é contada na Ilíada, de Homero. Atualmente, sabemos que esta história não se baseou apenas em lenda e imaginação. De facto, baseia-se em episódios de uma guerra real entre os gregos do último período micênico e os habitantes de Tróada, na Anatólia, parte da atual Turquia cerca de 1200 a.C., 400 anos antes do poema ser escrito.

domingo, fevereiro 13, 2011

Dadaísmo


















Raoul Hausmann, ABCD, 1923-1924

Movimento que abrange todos os géneros artísticos e expressa uma proposta niilista contra a cultura ocidental, especialmente contra o militarismo e a instabilidade social e cultural desencadeada pela I Guerra Mundial. Criado, em 1916, por Tristan Tzara (que deu o nome ao movimento), o escritor alemão Hugo Ball, o artista alsaciano Jean Arp e outros intelectuais residentes em Zurique (Suíça), o movimento Dadá foi influenciado pela revolução contra a arte convencional liderada por Man Ray, Marcel Duchamp e Francis Picabia e estendeu-se a outras cidades como Nova York, Berlim, Colónia e Paris.
Este movimento não constitui propriamente um estilo artístico mas estimula o trabalho colaborativo, a espontaneidade e o acaso na produção artística. As suas ideias, derivadas da tradição romântica, baseavam-se no apelo ao subconsciente e na crença da bondade intrínseca do homem quando não corrompido pela sociedade. Na ânsia de rejeitar os moldes tradicionais de produção artística, os dadaístas utilizaram técnicas revolucionárias, como colagens e fotomontagens, em vez da pintura e escultura propriamente ditas. Frequentemente usaram métodos artísticos e literários intencionalmente incompreensíveis, criando místicas performances teatrais e organizando escandalosas exposições. Como exemplo, o Urinol ("La Fountain") de Marcel Duchamp (1917) levantou um debate insanável sobre o que é a arte.
















"La Fountain" de Marcel Duchamp (1917)

Apesar deste movimento não ter deixado uma herança imediata e uma escola formal de seguidores, todavia, devido ao seu gosto pelo non sense e pelo irracional, o dadaísmo teve um papel fundamental no desenvolvimento do Surrealismo na década de 20, especialmente na França. Foi igualmente precursor de muitos movimentos artísticos formados na segunda metade do século, como a Arte Pop, a Arte Cinética e o Fluxus, de expressões como o happening e a performance e até do Punk Rock dos anos 70.

Fontes:
  • Dadaísmo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-02-13]. Disponível na www: http://www.infopedia.pt/$dadaismo
  • Stephen C. Foster, Crisis and the Arts: The History of Dada
  • William S. Rubin, Dada, Surrealism, and Their Heritage

domingo, janeiro 30, 2011

Igreja de Santa María del Azogue


Puebla_Sanabria_Igreja_interior
Originally uploaded by VRfoto

PUEBLA DE SANABRIA (Espanha): Igreja de Santa María del Azogue.
A cabeceira poligonal, com a abóbada de cruzaria de ogivas, já pertence ao gótico tardio.

See where this picture was taken. [?]

quinta-feira, janeiro 27, 2011

Escadório do Bom Jesus


Braga_Bom_Jesus_escadaria04
Originally uploaded by VRfoto

BRAGA (Portugal): Escadório do Bom Jesus.

Os Escadórios do Bom Jesus ligam a parte alta da cidade de Braga ao Santuário do Bom Jesus do Monte. Seguem um percurso paralelo ao Elevador. Ao longo do escadório estão capelas que representam a Via Sacra. Vencem um desnível de 116 metros.

VR Stock Photo
VRFoto

sábado, janeiro 22, 2011

"Domingo Sangrento"














No dia 22 de Janeiro de 1905, a um Domingo, estala, em S. Petersburgo, a primeira das revoluções russas do século XX, conhecida como "Domingo Sangrento".
Tudo começou quando após uma onda de greves, o líder da assembleia de trabalhadores, o sacerdote Georgy Gapon, resolve apresentar directamente ao Czar Nicolau II as queixas dos trabalhadores. Convocou, então, uma grande manifestação em frente ao palácio de Inverno do Czar. Apesar destes se manifestarem pacificamente, transportando ícones religiosos e petições sobre as reformas desejadas, as tropas czaristas, lideradas pelo tio do Czar, o Grão Duque Vladimir (o Czar estava ausente da cidade), abriram fogo sobre os manifestantes.
O massacre foi terrível, pois estima-se que foram mortos mais de 500 manifestantes. Este gesto vai levantar revoltas por todo o país entre os trabalhadores das fábricas, camponeses e até das forças armadas, o que abalou seriamente o regime czarista. Nicolau II foi obrigado a fazer algumas concessões, nomeadamente a criação da Duma (Parlamento) para acalmar os ânimos da população.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Templo de Debod


2006_madrid_templo_debod04_bw
Originally uploaded by VRfoto

MADRID (Espanha): Templo de Debod.

O templo egípcio de Debod, construído no século II a. C., foi salvo da área inundada pela barragem de Assuão e oferecido à Espanha como tributo aos engenheiros espanhóis envolvidos no projecto. O templo, esculpido com baixos-relevos, está alinhado com duas das suas tr~es portas originais. Situa-se num terreno elevado sobre o rio Manzanares, nos jardins do Parque del Oeste.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

«Ozymandias»












Fotocomposição de Michael Fairchild


Encontrei um viajante de uma terra antiga,
Que disse - «Duas vastas pernas de pedra sem tronco
Erguem-se no deserto… Perto delas, na areia,
Meio enterrado jaz um rosto despedaçado, cuja carranca
E lábio franzido e esgar de fria autoridade
Dizem que o seu escultor leu bem essas paixões
Que ainda sobrevivem, estampadas nessas coisas inertes,
A mão que delas troçou e o coração que as alimentou;
E no pedestal, estas palavras surgem:
O meu nome é Ozymandias, Rei dos Reis,
Olhai as minhas Obras, ó Poderosos, e desesperai!
Nada resta à volta. Em torno da decadência
Daquele colossal Destroço, ilimitado e nu,
As solitárias e lisas areias estendem-se infinitas.»

Percy Bysshe Shelley, «Ozymandias», 1818